Em um mundo onde a tecnologia está na palma de nossas mãos, ar pornografia se tornou extremamente fácil. Com alguns cliques, você pode entrar em um vasto universo de conteúdos eróticos. Mas será que essa prática é tão inofensiva quanto parece? Hoje, vamos explorar os impactos da pornografia e da masturbação na nossa saúde sexual e bem-estar.

A pornografia pode parecer uma forma rápida e eficaz de se excitar, mas seus efeitos colaterais podem ser bastante prejudiciais a longo prazo. Assistir a filmes eróticos pode parecer uma atividade inocente, mas os impactos negativos dessa prática podem afetar nossa mente, comportamento e desempenho sexual. Estudos mostram que o uso excessivo de pornografia pode levar a problemas de saúde mental como depressão e ansiedade, além de criar uma visão distorcida do sexo e das relações humanas.

Masturbação faz mal? 3b7011

Por outro lado, a masturbação, quando dissociada da pornografia, pode ser extremamente benéfica. Promovida na Educação Sexual Somática e estimulada em um ambiente terapêutico por profissionais de Sexological Bodywork, a masturbação pode ser um caminho poderoso para o autoconhecimento, o amor próprio e até mesmo a cura de traumas sexuais. Praticada de forma consciente, pode ajudar homens e mulheres a se conectarem mais profundamente com seus corpos, sem a necessidade de um parceiro.

Quando a masturbação está associada à pornografia, os problemas começam a surgir. A exposição contínua à pornografia libera uma enxurrada de hormônios de prazer, condicionando nosso cérebro a buscar gratificação rápida e superficial. Isso pode resultar no que chamo de "orgasmo espirro" - um orgasmo tão rápido e fugaz que não permite a expansão da sensação orgástica por todo o corpo. 

Além disso, a pornografia pode levar à neuroplasticidade negativa, situação em que o cérebro começa a precisar de estímulos cada vez mais intensos para atingir o mesmo nível de excitação, tornando a intimidade real menos satisfatória.

Com o tempo, essa busca incessante por orgasmos rápidos pode levar a problemas como a ejaculação precoce, que está ligada à ansiedade, é exacerbada pela masturbação rápida, criando um ciclo vicioso que resulta em frustração durante as relações sexuais. 

O oposto também pode ocorrer: a anorgasmia, onde homens que se acostumam com um certo tipo de estímulo manual intenso não conseguem atingir o orgasmo durante o sexo vaginal, por mais que sua parceira seja uma mulher pompoarista, devido à diferença de pressão.

Além disso, a pornografia pode criar uma dependência. Já atendi clientes que não conseguiam se excitar sem assistir à pornografia. Alguns precisavam assistir diariamente para aliviar a ansiedade, acreditando que "gozar" ajudava a relaxar. Embora a ejaculação realmente cause um período de relaxamento, o uso excessivo de pornografia condiciona a mente a buscar estímulos irreais e inatingíveis no mundo real. A pornografia pode também levar a um aumento da solidão, pois ela se torna um substituto para a intimidade verdadeira, exacerbando sentimentos de isolamento.

Então, como podemos lidar com isso? Se você sente que está dependente da pornografia, há maneiras de mudar seus hábitos. Tente mudar a forma como se masturba: se você costuma se masturbar sentado, experimente fazê-lo em pé. Se assiste a filmes pornográficos, tente apenas ouvir o áudio ou ler contos eróticos. Gradualmente, você pode substituir os vídeos por livros eróticos, estimulando sua imaginação.

Além disso, é crucial explorar todo o seu corpo antes de se concentrar nos genitais. Wilhelm Reich, criador do método de “energia orgônica”, demonstrou que a energia do orgasmo é uma das mais poderosas do ser humano. Quando canalizamos essa energia de maneira consciente, podemos transformar nossa experiência sexual em algo muito mais profundo e gratificante.

Não desperdice essa energia poderosa. Sinta prazer com o seu corpo e aprenda a proporcionar prazer nas suas relações, pois todos nós merecemos sentir prazer.