Para os apaixonados por tênis, Roland Garros é muito mais que um torneio — é uma espécie de templo esportivo onde a tradição, o talento e a emoção se misturam em cada ponto disputado no lendário saibro vermelho de Paris. E para dois mineiros, essa experiência foi vivida de perto, com intensidade. André Froes de Aguilar e Leo Leite estiveram no torneio em 2025 e compartilharam como é para um “viciado em tênis” pisar no chão sagrado de um dos maiores eventos do esporte mundial.
Os dois são membros do Viciados no Tennis, um grupo de amigos criado inicialmente para reunir interessados em jogar tênis no Minas Tênis Clube. A iniciativa cresceu e hoje já conta com mais de 2 mil participantes em Belo Horizonte.
“Entrar em uma dimensão diferente do tênis”
Foi o segundo ano consecutivo de André Froes em Roland Garros. “Pisar no saibro vermelho foi como entrar em uma dimensão diferente do tênis”, conta. A proximidade com os atletas, algo raro em outros esportes, chamou sua atenção. “Você sente a intensidade, escuta os gritos de concentração e percebe cada expressão facial nos momentos decisivos. Nas quadras menores, é como estar dentro do jogo.”
André também teve momentos inesquecíveis fora das partidas. Durante os treinos abertos, esteve a poucos metros de grandes nomes do circuito como João Fonseca, Ben Shelton, Jack Draper, Paula Badosa e Elina Svitolina. “E o ponto alto: consegui tirar uma foto com a lendária Martina Navratilova. Ela foi super gentil. Inesquecível!”
Para Leo Leite, que visitou Roland Garros pela terceira vez, o torneio é um verdadeiro “parque de diversões”. “A toda hora você vê jogadores, ex-jogadores e técnicos. Ver o treino do João Fonseca foi incrível, muito perto da quadra. É uma experiência muito democrática: só com o ingresso de entrada você já tem o aos treinos e à maioria das quadras”, explica.
Leo destaca a emoção especial dos primeiros dias do torneio. “As 14 quadras do complexo viram uma festa. Sem ingresso específico por quadra, dá para ver quase todo mundo. Para quem sempre jogou no saibro, estar em Roland Garros é algo único.”
João Fonseca empolga torcida brasileira em Paris
E não faltou motivo para os brasileiros vibrarem em 2025. O jovem João Fonseca avançou até a terceira rodada, vencendo o francês Pierre-Hugues Herbert em um jogo eletrizante, antes de ser superado pelo britânico Jack Draper. “Os ses são loucos por tênis, e quando a torcida brasileira se junta com a deles, o ambiente vira algo muito especial”, relata Leo.
O torneio deste ano começou no dia 18 de maio e vai até 8 de junho. Para André e Leo, a experiência vai muito além dos resultados em quadra. Roland Garros é emoção, convivência e, sobretudo, paixão pelo tênis. Como resume André: “Sair dali é carregar para sempre a essência pura do tênis profissional. Uma experiência que marca qualquer fã para toda a vida.”