Não é só nas Olimpíadas: o skate faz sucesso também na 9ª edição da Virada Cultural de Belo Horizonte. No evento, em mais um movimento de celebração da cultura hip hop, a modalidade esportiva foi abraçada, de forma que, pela primeira vez, entra na programação oficial uma atração no encalço de dois eixos, quatro rodinhas e muitas manobras.

Estreante na Virada, o Skate Fighter é o mais novo projeto da Família de Rua, coletivo por trás de um dos mais bem-sucedidos projetos de rap em BH, o Duelo de MCs, realizado desde 2007, geralmente em baixo do Viaduto Santa Tereza — mesmo palco que, agora, recebe a nova iniciativa.

No formato de um circuito com seis etapas, encarando diferentes obstáculos da pista e contando com a avaliação de uma dupla de jurados, o “duelo de skatistas”, por assim dizer, acontece desde às 14h. A previsão é que se estenda até as 17h, quando os campões serão anunciados. Apesar da dinâmica, muito além de qualquer espírito competitivo, é a diversão que pauta os participantes.

Skatista faz manobra durante evento da Virada Cultural de BH | Crédito: Fred Magno/O Tempo

Caso do pequeno Levi, que aos 7 anos arriscava-se com flips e saltos sobre rampas, sempre sob o olhar atento de sua mãe, Carol Coimbra, 27. "Ele anda de skate desde sempre, por influência do pai, que já colocava o menino na prancha quando ele tinha 1 mês de vida", comenta, enquanto Elias Martins, 41, confirma a história.

O pai de Levi, claro, também é skatista. "Voltei a andar em 2013 e não parei mais. Então, aproveitei para iniciar meus filhos também", resume, lamentando que, por estar machucado, não está aproveitando como queria a estreia da modalidade no evento. "Mas é, sem dúvida, uma iniciativa excelente!", elogia.

Levi, de 7 anos, realiza manobras no Skate Fighter durante a Virada Cultural. Foto: Fred Magno/O Tempo

Vale registar, a realização do Skate Fighter na Virada Cultural de BH, justamente em um reduto da cultura hip hop da cidade, está alinhada com as pretensões da Secretaria Municipal de Cultura (SMC) para a região. “Mais uma vez, vamos ter atividades também no Viaduto Santa Tereza, que é tão importante para a gente, onde vamos implementar o Centro de Referência das Culturas Urbanas, reconhecendo todos esses movimentos culturais que já existem em BH”, garantiu a secretária Eliane Parreitas em entrevista à FM O Tempo na quinta-feira (22).