Às vésperas das Olimpíadas de Paris 2024, Rebeca Andrade sente orgulho de toda sua trajetória neste curto ciclo olímpico. A atleta é um dos destaques da ginástica brasileira e é favorita ao pódio nos Jogos, que terão início no dia 26 de julho. A brasileira já está com a delegação brasileira em Troyes, cidade a 160 km de Paris, e realiza os últimos treinos antes de seguir para a Vila Olímpica. A disputa da ginástica feminina começa no dia 28 de julho. 

“Estou orgulhosa por ter aguentado todo esse ciclo, por mais que tenha sido mais curto, mas com tantas coisas que já aconteceram na nossa vida. Muito orgulho por ter ado tudo e estar aqui. Vamos fazer o máximo”, afirma.

Nos últimos anos, Rebeca Andrade conquistou resultados importantes, como as cinco medalhas no Mundial da Antuérpia de 2023: três de prata (equipes, individual geral e individual no solo), uma de ouro (individual no salto) e uma de bronze (individual na trave). Além disso,  fez história ao se tornar a 11ª ginasta da história a ir ao pódio em todos os aparelhos. Mas, apesar dos resultados individuais, a brasileira destaca que suas medalhas são fruto de um trabalho feito pela equipe brasileira.

“Estou bem feliz e orgulhosa por poder fazer parte dessa equipe, que tanto se apoia e se dedica para realizar tudo da melhor maneira possível”, declarou Rebeca.

Salto ‘inédito’ vazou nas redes

Recentemente, vazaram na internet, imagens do treino de Rebeca Andrade. No vídeo a brasileira aparece executando um Triplo Twist Yurchenko (TTY), considerado inédito em competições internacionais e ainda não incluído no código de pontuação da Federação Internacional de Ginástica. O novo salto não foi revelado pela ginasta, no entanto, ela garante que todo planejamento para Paris-2024 foi bem semelhante ao de Tóquio-2020. 

“A gente sempre tem coisas novas. Vai depender muito de como vou estar me sentindo no dia. Por isso é tão importante treinar. Porque, se eu estiver me sentindo muito bem, eu vou virar para o Chico (Porath, treinador) e falar. E ele não vai ter medo. Ele vai olhar nos meus olhos e confiar que eu tenho a capacidade de fazer. Então, acho que as mudanças são essas. Algumas pessoas já viram. Outras, não. Eu espero estar me sentindo bem e que todas as minhas apresentações sejam boas. Porque quero muito dar orgulho”, pontua a ginásta brasileira.

Expectativas para Paris-2024

Em Tóquio-2020, Rebeca conquistou um ouro e uma prata. Agora, em Paris, chega como uma das favoritas ao pódio. São poucas mudanças desde a última edição dos Jogos, ela diz. Mas afirma chegar ainda mais madura para somar novas conquistas ao currículo.

“O foco, a vontade de vencer, de estar ali e fazer o melhor… é a mesma Rebequinha (risos). Mas, claro, mais madura. Hoje, para mim, é um orgulho ter o reconhecimento do nosso trabalho em conjunto. Você pisar nos ginásios e as pessoas quererem falar com você, fazer uma foto, são fãs. É sobre o nosso trabalho. É uma honra estar nesse lugar. E, a cada ano, fico cultivando, conquistando e firmando cada vez mais. Deixando esse legado que vai ser muito importante para mim e para o esporte. Ninguém vai poder tirar de mim”, diz Rebeca Andrade.


Principais títulos de Rebeca Andrade


Tóquio-2020

  • ouro (salto)
  • prata (individual geral) ;


Campeonato Mundial (2023/Bélgica)

  • ouro (salto), 
  • prata (individual geral, barras assimétricas e equipes) e
  • bronze (trave) 

 


Campeonato Mundial (2022/Inglaterra)

  • ouro (individual geral)
  • bronze (solo) 

Campeonato Mundial (2021/Japão)

  • ouro (salto) 

Campeã das etapas de Copa do Mundo de Doha 

outros titulos:

campeã das etapas de Copa do Mundo de Doha (2021/barras assimétricas), Stuttgart (2019/equipe), Cottbus (2018/salto e trave de equilíbrio), Varna (2017/barras assimétricas e salto) e Koper (2017/salto), vice-campeã das etapas de Copa do Mundo de Cottbus (2018/barras assimétricas), São Paulo (2016/barras assimétricas), Doha (2016/barras assimétricas), Anadia (2016/solo e trave de equilíbrio) e São Paulo (2015/salto), terceira colocada nas etapas de Copa do Mundo de Doha (2021/trave), São Paulo (2016/trave) e Ljubljana (2015/barras assimétricas), medalha de ouro (salto e trave), medalha de prata (equipe e barras assimétricas) nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (2023/Chile), medalha de ouro no Pan-Americano de Ginástica Artística (Equipe/Brasil 2022), medalha de ouro no Campeonato Pan-Americano do Rio de Janeiro (2021/individual geral), medalha de prata no Campeonato Pan-Americano de Lima (2018/equipe), medalha de ouro (individual/equipe) no Campeonato Brasileiro 2021

*Entrevista enviada pelo COB