Carlo Ancelotti chegou e, em duas semanas, entregou tudo que prometeu em seus primeiros dois jogos como técnico do Brasil. Conhecido por sua liderança tranquila, apaziguou o ambiente de uma equipe que vinha de uma derrota por 4 a 1 para a Argentina. Tudo isso em meio a uma troca de comando na CBF, com a saída de Ednaldo Rodrigues e a chegada de Samir Xaud à presidência da entidade.

Brasil vence o Paraguai no dia do aniversário de Ancelotti e garante vaga na Copa do Mundo

Assim que a situação se estabilizou, o treinador italiano conseguiu colocar em prática as ideias de jogo para os duelos contra Equador e Paraguai. E a comissão técnica definiu que era preciso garantir a classificação para a Copa do Mundo de 2026.

Após a derrota para a Argentina, o Brasil chegou a 16 gols sofridos em 14 jogos. Ancelotti, então, definiu que a prioridade para a partida contra o Equador, fora de casa, era não sofrer gols e sair de Guayaquil com pelo menos um empate.

Com o primeiro objetivo alcançado após o empate sem gols, a missão ou a ser melhorar o desempenho ofensivo da equipe. Para o duelo diante do Paraguai, com o Brasil precisando da vitória, Ancelotti definiu que era preciso ter um time com um ataque mais móvel. Para isso, colocou Raphinha no meio de campo na vaga de Gerson e Martinelli e Matheus Cunha nos lugares de Estêvão e Richarlison, respectivamente.

E o objetivo também foi cumprido. O time circulou a bola, controlou o jogo, pressionou a saída de bola do rival. Assim, saiu o gol de Vini Jr, que colocou o Brasil na Copa do Mundo.

— A gente viu um clima mais leve aqui na Seleção. Esses últimos três anos foram de muita turbulência, troca de treinador, de presidente. Querendo ou não isso atrapalha. Hoje o clima está leve, estão conseguindo organizar as coisas. A vitória de hoje é fruto do trabalho, o professor teve dez dias para trabalhar só. Fizemos o que o professor pediu e deu certo — avaliou Richarlison.

Classificado para a Copa do Mundo, o Brasil agora volta a campo em setembro, quando enfrenta o Chile, em casa, e a Bolívia, fora.

Ancelotti durante o jogo contra o Paraguai (Foto: Marlon Costa/AGIF)