Vias públicas, como Primeiro de Março, da Quitanda, do Ouvidor, da Alfândega e Visconde de Itaboraí, e praças, como Cinelândia, Mauá, Tiradentes e XV, carregam fortemente o peso da história e permeiam os livros de literatura do século ado. Caminhar por essa região é ver o Rio com outros olhos, uma cidadezinha colonial de casinhas brancas, debruçada sobre a baía da Guanabara, que virou uma metrópole moderna e movimentada, mas que ainda tem recantos, oásis, que podem ser descobertos pelos turistas como há 200 anos. Confira 10 atrativos que contam a história do Rio Antigo, da época do Brasil Império.

Cais do Valongo

O Cais do Valongo foi entregue recentemente revitalizdo à cidade

O Brasil recebeu cerca de 4 milhões de escravizados entre os séculos XVI e XIX. Desses,  60% entraram pelo Cais do Valongo. Em 1911, o cais foi aterrado. Durante as obras do Porto Maravilha, em 2011, ele foi descoberto. Hoje, o Cais do Valongo integra o Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana, ao lado do Jardim Suspenso, Largo do Depósito, Pedra do Sal, Centro Cultural José Bonifácio e Cemitério dos Pretos Novos.

Mosteiro de São Bento 

Uma rosácea no chão indica o caminho da igreja do Mosteiro de São Bento

O Mosteiro de São Bento foi fundado em 1590 por dois monges vindos da Bahia.É considerado um monumeno colonial único. Na entrada, uma rosácea no chão indica o caminho e uma maquete mostra a arquitetura da igreja, do monastério e da hospedaria. Os visitantes só podem entrar no claustro, onde ficam os monges, apenas em datas festivas. No outros dias, só pode assistir às missas na igreja. Rua Dom Gerardo, 68. Abre diariamente das 7h às 18h.

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária

A fachada inconfundível da igreja da Candelária, voltada para a baía da Guanabara

A igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária surgiu de uma promessa depois do náufragio do navio espanhol Candelária. Com fachada voltada para a baía da Guanabara, a planta tem o formato de cruz latina e toda sua história está pintada em murais. Com decoração neorrenascentista, o altar-mor é de Archimedes Memoria, os vitrais alemães e os púlpitos do português Rodolfo Pinto do Couto. Aberta de segunda a sexta, das 7h30 às 16h; sábado, das 8h às 12h; e domingo, das 9h às 13h.

Espaço Cultural da Marinha

O Palácio da Ilha Fiscal, joia arquitetônica e histórica

A antiga Ilha Fiscal faz hoje parte do Complexo Cultural da Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM). Foi cenário do "Último Baile do Império”, realizado alguns dias antes da Proclamação da República. Instalado nas antigas docas da Alfândega, entre o largo da Candelária e a praça XV, o Espaço Cultural da Marinha abriga boa parte do acervo da Marinha do Brasil. Avenida Alfred Agache, s/no. R$ R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Igreja de Nossa Senhora do Carmo (Antiga Sé)

Interior da Antiga Sé, que foi a Capela Imperial durante o Brasil Império

A Antiga Sé começou a ser construída em 1755 e foi inaugurada em 1761. Em 1808, Dom João VI a nomeou Capela Real e até a década de 70 foi oficialmente a catedral do Rio de Janeiro. A partir de 1822, no período do Império, ou a ser Capela Imperial. Foi palco da aclamação de Dom João VI como Rei, em 1818; as coroações de Dom Pedro I e Dom Pedro II como imperadores e do batizado da Princesa Isabel. Rua Sete de Setembro, 14.

Centro Cultural do Paço Imperial

O prédio do Paço Imperial, hoje um centro cultural

Desde 1985, o Paço Imperial é um centro cultural vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O espaço conta com o Bistrô do Paço, o restaurante Atrium, a Livraria e Café Arlequim. Com a chegada da Corte de D. João VI ao Rio de Janeiro, o Paço se transformou em sede dos governos do Reinado e do Império. Oferece aos visitantes exposições de artistas com entrada franca. Praça Quinze de Novembro, 48.

Igreja de São Francisco da Penitência

A fachada simples da igreja de São Francisco da Penitência esconde a riqueza interior

Considerada a grande expressão do barroco. Por causa da fachada simples, a igreja de São Francisco da Penitência é confundida com um convento. O templo foi iniciado em 1657 e concluído em 1738. O interior é entalhado em cedro dourado, e a obra se integra ao convento e igreja de Santo Antônio, formando um dos mais belos conjuntos da arquitetura colonial. Junto está o Museu Sacro Franciscano. Largo da Carioca, 5. Abre de terça a sexta, das 9h às 18h. Ingessos a R$ 2.

Museu Nacional de Belas Artes

No Museu Nacional de Belas Artes, o visitante percorrera história das artes visuais desde os seus primórdios até o contemporâneo

O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) é um dos museus de arte mais importantes do gênero no país e abriga no prédio construído entre 1906 e 1908 cerca de 60 mil peças, entre pintura, escultura, desenho e gravura brasileira e estrangeira, além de um acervo arte decorativa, mobiliária, arte popular, documentos e peças de arte africana. Há, ainda, acervo de obras trazidas por Dom João VIm, em 1908. Avenida Rio Branco, 199. Abre de terça a sexta, das 10h às 16h; sábado e domingo, das 12h às 17h. R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia).

Theatro Municipal

O belíssimo Theatro Municipal, inspirado na Ópera de Paris

A imponente construção de 1909 chama a atenção de quem chega à praça Floriano. Inspirado na Ópera de Paris, o Theatro Municipal tem pinturas de Eliseu Visconti, elementos decorativos em dourado, escadaria em ônix, colunas em mármore de Carrara e vitrais retratando as deusas das artes cênicas. Guias estão a postos, de terça a sábado, para mostrar os detalhes da construção. Visitas devem ser agendadas pelo e-mail [email protected].

Biblioteca Nacional

O imponente prédio da Biblioteca Nacional, na Cinelândia

Conheça a história da Biblioteca Nacional, seu acervo e o belo prédio histórico, com destaque para a arquitetura imponente, que inclui escadarias, amplas claraboias em vitral colorido, bela ornamentação e salas preservadas, além das obras de arte, como quadros e esculturas.  A visita orientada é gratuita e pode ser realizada de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, em três idiomas: português, inglês e espanhol. Praça Mauá, 5. Abre de segunda  asexta-feira, de 10h às 17h..



Leia também:

Rio de Janeiro: roteiros convidam a decifrar a cidade de mais de 200 anos atrás

Confira 6 lugares para comer bem no centro histórico do Rio de Janeiro

Days Inn Lapa: localização privilegiada, conforto e bom custo-benefício