O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reúne, nesta terça-feira (17), em Nova York, nos Estados Unidos, para votar uma proposta de resolução brasileira para o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O governo do Brasil é quem presidirá o colegiado até dezembro deste ano. 

A proposta do governo federal cita, entre outros pontos, "os ataques terroristas atrozes do Hamas que ocorreram em Israel a partir de 7 de outubro de 2023 e a tomada de reféns civis". Além disso, "incentiva o estabelecimento de corredores humanitários e outras iniciativas para a entrega de ajuda humanitária a civis".

Na última segunda-feira (16), o Conselho rejeitou a proposta de resolução da Rússia sobre o conflito no Oriente Médio. A iniciativa buscava um cessar-fogo imediato. No entanto, o projeto não mencionava o Hamas pelo nome, apesar do grupo extremista ter sido o responsável pelos ataques a Israel em 7 de outubro - quando começou o conflito. 

A reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira será a quarta convocação do grupo desde o início do conflito, que começou há 11 dias. Na semana ada, o Brasil convocou dois encontros do órgão, mas ambos terminaram sem resultados concretos.

O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes que detêm poder de veto sobre qualquer decisão: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Além deles, há países que integram o colegiado por um período de dois anos. Atualmente, são eles: Albânia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça. O Brasil já ocupou uma cadeira não permanente no Conselho por 11 vezes ao longo de sua história.

Ime

Um ponto crítico do conflito é a retirada de brasileiros da Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores informou que tem veículos contratados prontos para realizar a retirada de aproximadamente 30 pessoas da região. Mas, espera a abertura da agem de Rafah, que liga Gaza ao Egito, para concretizar esse resgate.

Até o momento, 916 brasileiros e 24 animais domésticos já foram repatriados. O Executivo recomenda que todos os cidadãos brasileiros com agens aéreas ou com capacidade financeira de adquiri-las, embarquem em voos comerciais saindo do Aeroporto Ben-Gurion, em Tel Aviv, que continua operando. Isso faz parte das medidas de segurança.