A reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), marcada para esta terça-feira (17), foi adiada. O motivo não foi informado. A expectativa era a de analisar uma proposta de resolução de autoria do governo brasileiro sobre a guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. O grupo composto por representantes de 16 países está reunido em Nova Iorque, nos Estados Unidos, para tratar sobre o tema.
A proposta do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cita, entre outros pontos, “os ataques terroristas atrozes do Hamas que ocorreram em Israel a partir de 7 de outubro de 2023 e a tomada de reféns civis”. Além disso, “incentiva o estabelecimento de corredores humanitários e outras iniciativas para a entrega de ajuda humanitária a civis”. A análise, até então, foi remarcada para quarta-feira (18).
A reunião do Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira seria a quarta convocação do grupo desde o início do conflito, que começou há 11 dias. Na semana ada, o Brasil convocou dois encontros do órgão, mas ambos terminaram sem resultados concretos. O governo federal é quem preside o colegiado até dezembro deste ano.
Na última segunda-feira (16), o Conselho havia rejeitado a proposta de resolução da Rússia sobre o conflito no Oriente Médio. A iniciativa buscava um cessar-fogo imediato. No entanto, o projeto não mencionava o Hamas pelo nome, apesar do grupo extremista ter sido o responsável pelos ataques a Israel em 7 de outubro - quando começou o conflito.
O Conselho de Segurança da ONU é composto por cinco membros permanentes que detêm poder de veto sobre qualquer decisão: China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia. Além deles, há países que integram o colegiado por um período de dois anos. Atualmente, são eles: Albânia, Emirados Árabes Unidos, Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça. O Brasil já ocupou uma cadeira não permanente no Conselho por 11 vezes ao longo de sua história.